27 de janeiro de 2020
Sobre a lavanderia pública:
Sei que já foram algumas reflexões importantes, o certo seria guardar para soltar devagar, que nem um jornal, mas aqui a viagem vai ser intensa, então aproveito este momento!
Bem, a lavanderia é imensa, a maioria absoluta dos que lavam e passam são homens. As roupas são dos hóspedes das diversas pousadas da cidade. Muita roupa. A forma de passar parece igual, mas a forma de lavar e de pendurar é muito diferente. Olha só:
Passando - igual, tudo ok.
Lavando: numa piscina, com os pés dentro da água, num cubículo fechado!
Pendurando: observe que não tem
pregador de roupas
São 2 cordas trançadas que prendem as roupas! Aí quando vi aquele homem velho e magrinho com suas canelas afundadas na água minha mente julgadora já ficou com dó dele! Coitado, que trabalho insalubre. Até que comecei a ouvir um canto melodioso saindo do cubículo ao lado. Confira a cena:
Ele estava orando, feliz da vida e fiquei morrendo de vontade de entrar lá, girar aquela roupa espalhando água pra todos os lados cantando aos quatro ventos uma musica bem bonita, talvez uma oração!
O que me separava: uma piedade desnecessária
O que me uniu: o frescor da água num dia de verão e uma música saindo do ❤.
Dani Dupont, terapeuta ayurvédica, está na Índia, levando sua turma para a conclusão do Curso de Formação em Ayurveda. A primeira parte da viagem é turística e o grupo está visitando o sul da Índia. Ela se propôs a fazer um diário comentando as diferenças entre o que nos une e o que nos separa . Eu, Fabiana Dupont, irmã de Dani e diretora de mídia do Holon de Estudos Sampurnayus passarei para o blog suas observações.
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