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Diwali - Festival das Luzes

Atualizado: 18 de nov. de 2019


No dia 02 de novembro o Holon de Estudos Sampurnayus celebrou o Diwali. O Diwali, ou Festival da Luzes, é uma das maiores celebrações na Índia e tem como tema principal a vitória do bem contra o mal, das luzes contra a escuridão. Neste momento do mundo, onde às vezes parece que estamos vivendo uma versão do mundo bizarro, esse festival nos dá esperança e nos estimula a olhar para o que é bom e verdadeiro. O Festival das Luzes é uma festa religiosa comemorada em vários lugares do mundo por Hindus, Sikhs, Jains e Budistas. Nós, do Holon de Estudos Sampurnayus, apesar de não termos como base nenhuma religião específica, valorizamos o aprendizado e a sabedoria de várias fontes e como convivemos com muitos aspectos da cultura indiana, abraçamos a oportunidade de fazer essa celebração, adaptando-a às nossas possibilidades.


O QUE É O DIWALI? A palavra Diwali é originada do sânscrito Dipavali e significa fileira de luzes ou lâmpadas. Em tempos remotos, o final da colheita do verão era celebrado com muita pompa e esplendor e ao longo do tempo a celebração se tornou o Diwali. Durante a celebração, uma das histórias que aparece com frequência é o relato de Ramayan, que conta que quando a deidade Rama retorna ao seu reino depois de muitos anos no exílio, com sua esposa Sita e seu irmão Lakchman, luminárias de barro com velas são colocadas ao longo do caminho para guia-los e assim o mundo é banhado por luzes. Lakshmi, a deidade Hindu da bonança, fortuna e prosperidade, também é celebrada por muitos nesse dia, que cai no final do ano financeiro para muito empresas Hindus. Por isso é comum fazer uma puja, um ritual de oração onde se honra uma deidade com oferendas de flores, água e alimentos. Registros antigos contam que Lakshmi emergiu de Ksheer Satar, o oceano de leite, no dia do Diwali e ofereceu bonança, prosperidade e felicidade a todos humanos, e por isso sua presença no Diwali é tão importante.


COMO O DIWALI É CELEBRADO Como o Diwali é a celebração da vitória da luz contra a escuridão, luzes estão sempre presentes. Na Índia muitos decoram suas casas com lindas luminárias e velas. Também é o momento onde grandes faxinas são feitas nas casas para honrar as deidades da melhor maneira possível. As entradas das casas também são lindamente decoradas com desenhos feitos com arroz, areia colorida e flores. Presentes e doces são oferecidos aos amigos e familiares como uma maneira simbólica de desejar a todos um “Feliz Diwali”. A celebração sempre inclui muita música e dança, além de uma linda mesa com pratos deliciosos. Fogos de artifício também são comuns.

O DIWALI NO HOLON DE ESTUDOS SAMPURNAYUS Tivemos a participação de muitas pessoas na elaboração e execução do nosso Diwali. Fernanda, uma das alunas do curso de Formação em Ayurveda e grande parceira, que morou no Ashram da Amma na Índia por 5 anos, preparou o altar com estátuas de deidades, velas, flores e oferendas. Miguel e Vinicius, músicos extraordinários, nos presentearam com mantras e músicas inspiradoras. Caroline Pontes, exímia dançarina do estilo indiano Odissi, fez uma apresentação belíssima. Mabel, Wanda, Fabíola e Bianca cozinharam e coordenaram a cozinha, de onde saíram pratos deliciosos.

Eu, Fabiana Dupont, irmã de Daniella Dupont, registrei o evento e confesso que fiquei muito emocionada. Logo que cheguei, as 18h, a equipe trabalhava focada em deixar tudo arrumado e lindo. Cada detalhe foi pensado e feito com amor. Todos tinham tido um dia longo, porque esse era o dia do segundo nível do Curso de Formação em Ayurveda. Eles estavam em atividade desde as 7 da manhã. Mas não observei cansaço e sim uma vibração alegre. Senti uma energia linda com a chegada de cada pessoa, cada uma trouxe uma flor e uma oferenda. A visão geral era de risos, abraços e vontade de ajudar. Tenho certeza que todos que participaram foram tocados de uma maneira especial e levaram do evento um pouco de luz, esperança e alegria para compartilhar com o resto do mundo.


Fernanda, uma aluna do segundo ano do Curso de Formação em Ayurveda do Holon de Estudos Sampurnayus e organizadora da parte da viagem turística ao sul da Índia que complementa o Curso Avançado de Ayurveda na Índia em 2020, morou 5 anos na Índia dentro do Ashram da Ama, uma mulher muito admirada dentro e fora da Índia e respeitada como uma humanitarista; muitos a reverenciam como uma Mahatma (Grande Alma) e uma santa viva: a santa dos abraços. Fernanda organizou a parte ritualística do Diwali no Holon de Estudos Sampurnayus e me contou um pouco de como preparou o ritual. Aqui escrevo com minhas palavras um resumo do ela me contou.

No altar foram colocadas 3 divindades. A primeira divindade é Ganesha, é considerado removedor de obstáculos, proporcionador do sucesso e da fartura, mestre do intelecto, da sabedoria e chefe do exército celestial. A segunda divindade é Sarasvati, que é a deusa hindu da sabedoria, das artes e da música e a shákti, e significa ao mesmo tempo poder e esposa, de Brahmā, o criador do mundo. A terceira é a Divina Mãe, representada pela Ama, a divindade do coração da Fernanda.

O Altar foi todo montado para com foco na Ama, reverenciando-a.

No altar estavam presentes os cinco Panchamahabhutas, que são os cinco elementos básicos da natureza, água, fogo, ar, terra e éter. O fogo foi representado pela chama de uma lamparina, o éter foi representado pelo som do sino, a terra foi representada pelos alimentos e água pelo potinho com água.


Os alimentos oferecidos são como se estivéssemos dando um pouco de nós, do nosso alimento, nosso carinho e nossa devoção para as divindades.

Parte do ritual inclui uma lavagem simbólica dos pés dos mestres, porque na religião hindu é através dos seus pés que a graça corre até o devoto. Quando se encontra um Swami, um mestre é comum beijar seus pés, tocá-los com a sua cabeça e se ajoelhar. Para isso Fernanda usou ghee, iogurte, mel e água de rosas. Depois da lavagem, enxuga-se os pés dos mestres e simbolicamente coloca-se almofadas aos seus pés.

A água é um elemento muito importante. A água do potinho veio dos rios sagrados da Índia, o Ganges e o Iamamuna. Ela está lá para simbolicamente para matar a sede dos devotos e das divindades. Essa água é borrifada nos alimentos oferecidos no altar, nas imagens e nos devotos, como uma benção com o objetivo de matar a sede do conhecimento, da busca pela plenitude, pela harmonia e pela autorrealização.

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