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Diário da Índia - As praias

Sobre a praia cheia de pessoas com roupas, nenhuma pessoa de maiô:

Estávamos ontem em Cochin, cidade ao sul da Índia, à beira mar, num dia muito quente de verão. Fim de tarde, encontramos um calçadão e de repente, a praia! Linda, mansa, convidativa. Lotada de gente... de roupa!

Primeiro pensamento: coitados, não podem desfrutar do mar com roupa apropriada...

Segundo pensamento: que bom que no meu país não é assim, vamos na praia de maiô, de biquíni e às vezes até sem roupa.

Aí já tinha soado o alarme sinalizador dos pensamentos estereotipados ( instalei esse alarme faz pouco tempo e até que funciona de vez em quando).

Tratei de olhar mais de perto essas frases simplificantes e julgadoras. O mais fácil de perceber gritando na minha cara era que estavam desfrutando MUITO da praia, talvez porque eu não os tinha avisado que estavam com a roupa errada.

Depois me soou esquisita a graduação do maiô, do biquíni e do nudismo em alguns lugares reservados. Ficou óbvio que nossa “liberdade” é bem graduadinha, quadradinha, específica.

O que nos separa é a percepção do certo e errado, melhor e pior, mais e menos.

O que nos une é o intenso desejo de desfrutar da vida com menos peso. Uma praia no fim do dia é uma maravilha, com mais ou menos roupa!

Dani Dupont, terapeuta ayurvédica, está na Índia, levando sua turma para a conclusão do Curso de Formação em Ayurveda. A primeira parte da viagem é turística e o grupo está visitando o sul da Índia. Ela se propôs a fazer um diário comentando o que nos une e o que nos separa . Eu, Fabiana Dupont, irmã de Dani e diretora de mídia do Holon de Estudos Sampurnayus passarei para o blog suas observações.

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